“Compra Assistida” já entregou 3 mil casas no RS e pode ser modelo de programa nacional 17142g

O ministro Rui Costa, chefe da Casa Civil, anunciou em Porto Alegre que o governo Lula estuda replicar no âmbito federal o  Programa “Compra Assistida”. 2572b

O programa financia moradia popular e foi criado emergencialmente para assistir às familias gaúchas que perderam suas casas na enchente de maio de 2024.

Permite aquisição de imóveis de até R$ 200 mil.

O programa é financiado pela Caixa Econômica mas o candidato à casa própria é quem procura e escolhe o imóvel que quer adquirir. A Caixa dá assistência na avaliação e na tramitação financeira.

Três mil familias atingidas pela enchente no Rio Grande do Sul já receberam suas novas moradias e outras 800 estão em tramitação, segundo o ministro. “É um programa inédito, um sucesso, estamos avaliando para replicar em todo o país”.

O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, Renato de Souza Correia, ouvido pela rádio Gaúcha, manifestou a desconfiança das grandes construtoras com o novo programa de moradia popular. O “Compra assistida” vai usar recursos da poupança, de juros mais baixos, vai absorver um dinheiro que hoje financia grandes projetos. Além disso, a “compra assistida” não financia a construção. O candidato escolhe um imóvel já construído.

O presidente da CBIC, no entanto, reconheceu a importância de programas que ataquem a questão da moradia. “A moradia é um direito constitucional de todo o cidadão brasileiro e temos no país um déficit habitacional de 6 a 7 milhões, um déficit crônico, que não diminuiu nos últimos 50 anos” .  Segundo ele,  o país teria que investir Rs 100 bilhões por ano, durante dez anos para zerar esse déficit.

 

 

 

Na contramão de Trump: China libera entrada para quem quer fazer negócios 5g3bt

Desde 1º de junho de 2025, cidadãos do Brasil podem entrar na China sem visto por até 30 dias para negócios, turismo, intercâmbio cultural ou trânsito.

A medida, que favorece também  Argentina, Peru, Chile e Uruguai, será implementada em caráter experimental até 31 de maio de 2026, segundo anunciou o Ministério das Relações Exteriores da China.

Essa “abertura” faz parte de uma política mais ampla da China, que vai na contramão das políticas restritivas adotadas por Trump nos Estados Unidos. Em vez de tarifas e barreiras, o governo chines  estender as isenções de visto “e promover intercâmbios amistosos com mais países da América Latina e do Caribe (ALC)”.

Era um o há muito esperado pelas empresas chinesas que têm laços comerciais com a região. “Isso resolve um gargalo real em nossas operações comerciais”, disse Ryan Yang, gerente-geral da Sinogas, uma empresa de tecnologia de energia com sede em Tianjin que exporta para México, Colômbia, Peru, Chile e Brasil. “Os clientes agora podem vir para inspeções de fábrica, demonstrações de produtos e sessões de treinamento sem semanas ou meses de atraso causado pelo visto.”

Marcel Sanchez, cuja empresa começou a trabalhar com a Sinogas há oito anos, disse que as restrições de visto muitas vezes dificultam a cooperação. “No ado, tínhamos que cortar viagens de negócios e contar apenas com o e remoto de nosso parceiro chinês. Agora podemos fazer a colaboração cara a cara novamente, e é aí que o progresso real acontece”, acrescentou.

O comércio entre a China e as nações da América Latina e Caribe dobrou na última década, atingindo US$ 518,4 bilhões em 2024.

Os produtos chineses, incluindo seus veículos elétricos, são exportados extensivamente para os países da ALC, enquanto os produtos originários da região também desfrutam de popularidade na China.

Notavelmente, as cerejas chilenas e a carne bovina argentina e brasileira tornaram-se alimentos básicos regulares na dieta das famílias chinesas.

Sun Yanfeng, pesquisador do Centro de Estudos Latino-Americanos do Instituto Chinês de Relações Internacionais Contemporâneas, observou que os países latino-americanos estão ansiosos para aumentar as exportações por meio de seus laços econômicos e comerciais com a China. A política de isenção de vistos, acrescentou, facilitará muito as visitas de empresários latino-americanos, especialmente aqueles de pequenas e médias empresas, simplificando os procedimentos de viagem.

A Tianjin Free Trade Service Co., Ltd., uma importante prestadora de serviços para milhares de pequenos e médios exportadores, tem equipes de desenvolvimento de negócios se preparando para mais visitas de entrada. “Esta política trará parceiros latino-americanos à nossa porta”, disse Du Chen, gerente da empresa. “Sem os obstáculos do visto, as pessoas estão mais dispostas a vir, ver e confiar.”

Elizabeth Milagros Alvarado Taco, uma estudante peruana de pós-graduação em negócios internacionais na Universidade de Estudos Estrangeiros de Tianjin, disse que a política de isenção de vistos acelerará as atividades comerciais, tornando mais fácil para empreendedores e empresários latino-americanos virem à China para negociações, visitas a fábricas ou feiras comerciais.

“Também pode facilitar a rotação de equipes internacionais, melhorar a coordenação de projetos multinacionais e reduzir custos e tempo de processamento. No geral, essa conveniência promoverá o investimento bilateral e a cooperação corporativa”, disse ela. (Com informações da Agência Nova China)

Operação da polícia em Porto Alegre aponta para outro golpe bilionário contra aposentados 574f1u

A operação da Polícia Civil nesta terça feira, 03/06, em  Porto Alegre, teve como foco as fraudes do advogado Daniel Nardon, que está preso desde 15 de maio acusado de lesar clientes, num esquema de “advocacia predatória”.

Além dele, outras 13 pessoas estão indiciadas nos crimes de estelionato, falsidade ideológica, falsificação de documento particular, patrocínio infiel, uso de documento falso, fraude processual e apropriação indébita.

Há 45 inquéritos abertos contra os suspeitos. Entre as vítimas há inclusive pessoas mortas.

Depois que a prisão de Nardon foi noticiada, 75 pessoas procuraram a polícia para denunciar o advogado, revelando uma estrutura criminosa que envolvia pelo menos duas empresas.

As investigações indicam que 10 mil pessoas podem ter sido lesadas, mas o esquema pode ser muito maior e  envolver outros advogados e empresas, além de Daniel Nardon, inclusive em outros Estados. 

Segundo a polícia, no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul correm mais de 100 mil processos envolvendo empréstimos consignados, quase a metade pedindo a revisão de juros em empréstimos consignados, prática usada por Nardon, para atrair suas vítimas.

Daí a desconfiança de que o esquema fraudulento seja muito maior e possa ter, inclusive, alcance nacional. Casos isolados de fraudes envolvendo consignados já foram detectados pelo INSS.

Esses empréstimos consignados feitos de modo fraudulento são também facilitados pela falta de controles internos no INSS e seriam uma variante do golpe dos descontos não autorizados feitos em nome de aposentados e pensionistas e cujo total pode chegar a  R$ 6 bilhões.   

Um levantamento do Tribunal de Contas da União constatou que o total de empréstimos consignados feitos por aposentados e pensionistas do INSS chega a R$ 90 bilhões. O caso Nardon leva a polícia a suspeitar que parte desse dinheiro foi desviado ilegalmente por esquemas criminosos.

Como funciona a “advocacia predatória”   

Conforme o roteiro desvendado pela Polícia Civil, nas investigações envolvendo Daniel Nardon,  representantes da empresa Pro Consumer entravam em contato com potenciais clientes utilizando informações particulares, como dados sobre empréstimos consignados vinculados a benefícios previdenciários.

Os clientes, geralmente em situação de vulnerabilidade, eram abordados com a promessa de resolver supostas cobranças “abusivas” de bancos e financeiras em empréstimos consignados, mediante honorários de 30% sobre os valores que fossem “recuperados”.

Após ser convencido, o cliente fornecia seus dados e ava procurações, que avam a ser utilizadas pelo grupo para instruir ações judiciais contra instituições financeiras.

Depois, os clientes eram novamente contatados e informados dos valores recebidos em  decorrência das ações judiciais. Na verdade os montantes depositados nas  contas bancárias  dos clientes não tinham relação com os processos judiciais. Eram novos empréstimos, contratados com a utilização de seus dados, sem o consentimento deles.

Os clientes, acreditando estar pagando os honorários advocatícios combinados, transferiam 30% dos valores recebidos para contas indicadas pelos representantes da empresa Pro Consumer. Só ao perceberem os descontos em seus benefícios é que se davam conta que haviam sido lesados.

Por que não interessa à imprensa o intercâmbio cultural entre os países do BRICS? 13733r

Ministros da Cultura dos países que formam o BRICS estiveram reunidos quinta e sexta feira da semana ada em Brasilia para discutir intercâmbio e projetos conjuntos.

Não houve interesse da imprensa. Nenhum dos grandes “jornais” do país sequer registrou o encontro.

A formação desse grupo de “paises emergentes”, como eles próprios se autodefinem, é o maior acontecimento geopolítico do século 21.

O grupo começou com quatro países – Brasil, Russia, India e China – e foi batizado BRIC em 2001 pelo economista britânico Jim O’Neill num artigo para investidores.

O “apelido” pegou e ganhou um “S” com a adesão de novos integrantes.

Hoje são 11 países* membros e nove “parceiros” (potenciais integrantes) que propõem uma reforma da governança econômica e financeira internacional, “de modo a refletir o aumento do peso relativo dos países emergentes na economia mundial”.

No conjunto, eles representam uma populaçâo de 4,6 bilhões de pessoas, mais de metade da população do planeta terra e a soma de seus PIBs chega a 40% de economia mundial (o G7, por exemplo, dos sete mais ricos do mundo tem 28%).

No ano ado, o crescimento médio do PIB dos Brics foi de 4% enquanto a média mundial cresceu de 3,3%. O PIB dos sete mais ricos cresceu, na média, 1,7%).

Em 1º de janeiro o Brasil assumiu a presidência do BRICS e será a sede  da “Cúpula de Chefes de Estado” programada para julho, no Rio de Janeiro.

Estão previstas mais de 100 reuniões ministeriais e técnicas, que deverão ocorrer entre fevereiro e julho de 2025, em Brasília, em preparação para a Cúpula dos Chefes de Estado.

Na reunião com os ministros da cultura em Brasilia, foram abordadas as prioridades do Grupo de Trabalho de Cultura: Cultura e Economia Criativa, Direitos Autorais e Inteligência Artificial; Cultura, Mudança do Clima e Agenda de Desenvolvimento Pós-2030; Retorno de Bens Culturais; Festivais e Alianças do BRICS.

Por quê o desinteresse?

*Integrantes do BRICS e a população de cada um

Brasil: 215 milhões
Rússia: 145 milhões
Índia: 1,417 bilhão
China: 1,426 bilhão
África do Sul: 60 milhões
Arábia Saudita: 38 milhões
Egito: 114 milhões
Emirados Árabes Unidos: 10 milhões
Etiópia: 125 milhões
Indonésia: 278 milhões
Irã: 87 milhões

Gasto per capita em saúde no Rio Grande do Sul é 30% menor do que em Santa Catarina 3g5t5v

Em audiência pública na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, o secretário municipal Fernando Ritter comparou os recursos destinados à saúde pelos governos do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. “Praticamente o mesmo valor, em números absolutos”, disse ele.

Conforme o orçamento de 2025, os dois estados vizinhos vão aplicar em saúde pouco mais de R$ 7 bilhões cada um.

A diferença é que Santa Catarina tem pouco mais de 8 milhões de habitantes, enquanto o Rio Grande do Sul tem uma população de mais de 11 milhões.

Além disso, com um orçamento na casa dos R$ 85 bilhões o Rio Grande destina 9% à saúde (3% a menos do que o mínimo constitucional, conforme reconhece o próprio Tribunal de Contas do Estado), enquanto Santa Catarina, com orçamento de R$ 56 bilhões aplica 14,2% em saúde*.

Significa que o gasto per capita na saúde dos catarinenses é de 750 reais por habitante, enquanto no Rio Grande do Sul é de  545 reais para cada gaúcho, uma diferença de quase 30%.

*Dados da Lei Orçamentária Anual para 2025

 

 

 

 

Fraudes no INSS: R$ 292 milhões descontados depois do bloqueio serão devolvidos até 6 de junho 2j216v

O INSS devolve a partir desta segunda-feira, 26, os primeiros R$ 292 milhões descontados indevidamente na folha de pagamento de aposentados e pensionistas.

O valor corresponde aos descontos feitos em abril, quando já estavam bloqueados os pagamentos a associações e sindicatos, mas não foi possível excluí-los da folha que já estava pronta. O calendário de pagamentos vai até 6 junho.

O total a ser devolvido pode superar os R$ 6 bilhões.

Cerca de 4 milhões milhões de aposentados e pensionistas  foram lesados pelo esquema fraudulento que operava com ramificações dentro do INSS desde 2019, pelo menos.

O restante a ser devolvido depende de manifestação do aposentado ou pensionista pelo site Meu INSS ou pelo telefone 135.

Depois disso, o INSS afirma que “vai acionar a entidade para que comprove a autorização. Caso não haja comprovação, a entidade deverá devolver os recursos ao Instituto, que posteriormente fará o ree ao beneficiário.

A devolução será feita pelo mesmo meio que o INSS faz os pagamentos regulares – seja conta bancária ou cartão magnético.