Haroldo de Souza, vereador pelo PMDB “Andar pelos bares, nas noites de abril, roubar de repente, um beijo vadio.” Só a lira inspirada do prefeito José Fogaça, poeta de Porto Alegre e da boemia, poderia descrever, em duas linhas, o perfil do Bom Fim nas suas longas noites. O mesmo Bom Fim que inspirou André Damasceno ao criar o inesquecível personagem “o Magro do Bonfa”, o Bom Fim que trinta anos atrás ouvia o violão plangente de Lupicinio Rodrigues a entoar suas canções inesquecíveis no famoso Clube dos Cozinheiros. Mas há o Bom Fim do dia-a-dia, a correria ao redor de suas lojas e bazares, os cumprimentos da rotina diária nos bancos e inúmeros estabelecimentos. É esse Bom Fim que nos encanta e estimula, que guarda em seus limites a pequena e linda Igreja situada ali, na aprazível Av. José Bonifácio. É o mesmo Bom Fim que abriga o lendário Pronto Socorro, local tão relevante para a vida do porto-alegrense. É ele, o velho Hospital, palco das tragédias diárias e de recuperações fabulosas, cenário da vida e da morte, que mais me preocupa como homem público. Ninguém haverá de contestar o extraordinário trabalho que ali desempenham médicos, enfermeiros e funcionários, todos empenhados numa luta insana, tentando salvar vidas, suturar ferimentos, remontar o que a vida urbana destroçou. É preciso mantê-lo, mas é mais necessário ainda, dar-lhe condições materiais para impedir seu sucateamento, e a salvação do HPS a pela construção do Pronto Socorro 2, anunciado para a Vila Restinga. Desafogando o velho guerreiro, ele continuará servindo com eficiência e dignidade a todos que o procuram. Ao prefeito que tanto ama Porto Alegre, meu apelo nestas linhas e de minha tribuna popular na Câmara de Vereadores: Fogaça faz este gol na saúde e desencrava o HPS 2. 2so6p