Pacto Alegre 332i6i

CARLOS ALBERTO CASTRO Há décadas Porto Alegre se desmilingue enquanto o Rio Grande do Sul retroage à condição de “latifúndio agropastoril” de um século atrás. E a capital que já foi um centro de desenvolvimento [“inovação”] técnico e gerencial importante é hoje periferia dos outros dois polos econômicos da Região Sul – Paraná e Santa Catarina. Sem dúvida é preciso fazer alguma coisa! E o que não estou entendendo? Não estou entendendo as “circunstâncias” que conformam este Pacto Alegre da Aliança pela Inovação. E cito algumas destas “circunstâncias” [“intrigantes”]: 1y1e12

  • As universidades em Porto Alegre dispensaram recentemente professores
    e fizeram radicais mudanças nos seus currículos e na suas ofertas de
    titulação;
  • Centros de pesquisa do Governo do Estado – fundações fortemente
    integradas com as universidades – foram EXTINTOS, apesar dos
    insistentes alertas da própria comunidade universitária;
  • A sede de grupos empresariais importantes de origem gaúcha deixaram
    Porto Alegre em função do declínio econômico;
  • Diversos setores, como o da saúde, constituíam polos locais com
    densidade tecnológica “enraizada” nas nossas universidades mas foram
    “colonizados” por corporações geralmente estrangeiras;
  • A RBS, uma das “âncoras” assumidas do Pacto Alegre, está numa
    “trajetória” no mínimo estranha, pois desde 2014 faz movimentos em
    sentido contrário daqueles que se supõem serão “sustentados” pelo
    pacto;
  • E o mais intrigante: a CRISE FISCAL que infelicita e mina
    absolutamente as possibilidades de reversão da anomia e estagnação no
    Brasil, no Rio Grande do Sul e em Porto Alegre não é ao menos motivo de preocupação, portanto, não terá nenhum tratamento dispensado pelo  Pacto Alegre.

Então não sei se foi feliz este nome de Pacto Alegre, pois para mim
não a otimismo. Antes, me soa como ironia triste…

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